Presidente da Ales cita diálogo político e presença nos municípios como marcas de 2025

ES Cidades
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A atuação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) ao longo de 2025 foi marcada, segundo o presidente da Casa, deputado Marcelo Santos (União), pela retomada do protagonismo institucional do Legislativo estadual. Em entrevista concedida à TV Ales, o parlamentar fez um balanço das ações do ano e defendeu uma atuação equilibrada da Assembleia na relação com os demais poderes.

Marcelo Santos afirmou que o Legislativo estadual voltou a exercer plenamente suas atribuições, sem se colocar acima ou abaixo de outros poderes. Para ele, a Assembleia precisa atuar de forma independente e responsável. “A Assembleia não é carimbadora de projeto, seja do governo, seja de outros poderes e instituições”, declarou, ao reforçar que o protagonismo retomado passa pelo exercício efetivo da função legislativa e fiscalizadora.

Segundo o presidente, a atual legislatura tem buscado fortalecer a relação institucional com outros poderes, setores produtivos e a sociedade. Ele comparou esse papel ao de uma ponte permanente entre a população e o Parlamento estadual, destacando que esse vínculo não pode ser interrompido. Na avaliação do deputado, esse modelo de atuação tem permitido ampliar a presença da Assembleia nos municípios e aproximar o Legislativo das demandas locais.

Marcelo Santos citou como exemplo a atuação das comissões permanentes da Casa, que passaram a ter condições de realizar debates fora da sede da Assembleia, especialmente em áreas como segurança pública, saúde, educação, agricultura e defesa dos animais. Para ele, quando uma comissão atua nos municípios, é a própria Assembleia que se faz presente.

Outro ponto abordado na entrevista foi a relação entre os parlamentares. O presidente destacou a construção de uma cultura de diálogo, mesmo entre deputados de diferentes posições ideológicas. Segundo ele, divergências fazem parte do processo político, mas devem ser mediadas pelo respeito. Essa postura, na avaliação do deputado, tem permitido entregas concretas à população, em contraste com o cenário observado no Congresso Nacional.

Ao tratar da segurança pública, Marcelo Santos afirmou que o tema é grave e exige responsabilidade compartilhada, mas ressaltou que alterações na legislação penal dependem do Congresso Nacional. Ele criticou a falta de avanço em pautas estruturantes, como a política de segurança de fronteiras, e afirmou que, se houvesse competência legal, a Assembleia já teria promovido mudanças na legislação penal.

Na entrevista, o presidente também destacou iniciativas desenvolvidas pela Ales em 2025. Entre elas, o concurso público realizado pela Casa, que recebeu milhares de inscritos e teve como objetivo fortalecer especialmente o trabalho das comissões legislativas. Segundo Marcelo Santos, a valorização e o reforço do quadro técnico são fundamentais para qualificar o debate e a produção legislativa.

Outro destaque foi o Projeto Arranjos Produtivos, que completou dois anos de implantação e recebeu reconhecimento nacional. De acordo com o deputado, o programa vai além de investimentos financeiros e busca levar conhecimento, diversificação produtiva, proteção ambiental e ações voltadas ao crédito de carbono, com foco na agricultura familiar. Atualmente presente em 27 municípios, a iniciativa deve ser ampliada em 2026, com a meta de alcançar todas as cidades capixabas.

Marcelo Santos também avaliou de forma positiva a criação da Escola de Formação Política, iniciada em 2025. Para ele, a iniciativa busca aproximar os jovens da política e ampliar o entendimento sobre o papel dos poderes e dos representantes eleitos. A programação da Assembleia em 2025 incluiu ainda a realização da 1ª Corrida da Cidadania, que deve passar a integrar o calendário oficial da Casa.

Ao projetar o próximo ano, o presidente afirmou que a expectativa para 2026 é de ampliação das entregas e fortalecimento da atuação legislativa. Segundo ele, a Assembleia encerra 2025 com resultados expressivos e segue preparada para manter o ritmo de trabalho no próximo período legislativo.

Da redação

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